10 de fevereiro de 2013

Reserva Salto Morato


Ao chegar em Curitiba, quando fui comprar passagem para meu primeiro destino a Reserva Natural Salto Morato logo percebi que as passagens para Guaraqueçaba, estavam esgotadas, mas o vendedor da companhia Viação Graciosa.

Sai com do caos da rodoviária de Curitiba com uma passagem para Antonina e uma promessa de que ao chegar em Antonina em seguida passaria um ônibus para Guaraqueçaba que ainda teria vagas. Mas eu deveria comprar essa passagem direto lá.
Dito e feito. Peguei o bus às 17h15 rumo a Antonina e quando cheguei lá comprei minha passagem para Guaraqueçaba.
Mas porque eu queria ir para Guaraqueçaba se meu destino era a Reserva Salto Morato? A entrada para a reserva fica entre as cidades de Antonina a Guaraqueçaba. Então a forma de chegar lá de bus é comprar a passagem para Guaraqueçaba e pedir para descer na entrada para a Reserva Salto Morato. Da entrada até a reserva são 4km. Que devem ser percorridos a pé, ou pode rolar uma carona de tiver alguém mais indo para a reserva na mesma hora. Mas eu, espertinha que sou, antes de ir para a reserva tinha entrado em contato com o pessoal de lá e avisado que estaria indo para inventariar o camping. Eles tinham dito que talvez pudessem  me buscar lá na estrada, mas eu não tinha certeza se isso ia realmente acontecer e estava disposta a caminhar os 4km, apesar da chuva.

Mas quando eu desci do ônibus, eis que estava lá uma pick-up com a identificação da Fundação Grupo Boticário me aguardando! Ou seja, eu não precisaria caminhar os 4km debaixo de chuva e com a mochila.
Fui a primeira campista a chegar para o “carnaval”.



Quando cheguei o camping estava vazio! Não havia, mais ninguém, então, em um dos momentos de trégua da chuva, instalei minha barraca no melhor lugar que havia e logo sai para fazer uma das trilhas da Reserva:  a que leva até o Salto Morato, cachoeirão enorme e lindo que dá nome ao local.


A trilha é simples e fácil. Caminhei sozinha debaixo de chuva, no meio da mata. Enquanto ouvia os pássaros e o barulho dos meus pés nas pedrinhas ou se atolando no charco, os pingos iam fazendo uma sinfonia pela floresta ao redor, ora mais intensos, ora mais espaçados e eventualmente mesclando-se com o som das águas do rio que passava junto à trilha. Quando comecei a chegar perto do Salto, seu barulho já mostrava que seria uma cachoeira imponente.  E não podia ser diferente com seus mais de 100m.
Próximo à base da cachoeira, suja, molhada e com os pés também molhados e cobertos de lama, egoistamente agradeci a mim mesma por ter me permitido estar ali naquele momento. Mesmo debaixo de chuva, já estava tendo a sensação que esse seria um carnaval especial.




De noite no camping além de mim haviam mais 3 barracas. Todos gente boa, da paz, silenciosos.  Campistas todos do tipo aventureiros, da melhor espécie. Dormi cedo e acordei tarde...

No dia seguinte (domingo) a ideia era fazer a trilha da figueira que é um pouco mais comprida e igualmente fácil e sinalizada. Fiz toda a trilha praticamente sem chuva. E rodeada por uma nuvem de mosquitos que enchiam o saco. A trilha é muy linda, com umas partes com grama no chão e vegetação alta nas laterais. Parecia que eu estava em algum cenário de filme. A figueira que dá nome à trilha é realmente linda com sua raiz atravessando por cima do rio de águas cristalinas. 








 Mais um passeio simples e delicioso.
Escrevo esse post deliciosamente sentada na minha barraca.

A salvo dos mosquitos e sentindo o vento que entra por uma das portas, atravessa a barraca e sai do outro lado.

Um comentário: